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quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

AH...o que tu querias sei eu
Isso e que era bom
Isso e que era bom
Não sei bem se é por magia
Ou se é mesmo assim
Abro a minha porta
De madrugada
Preciso
De ti
Porque só tu eras
Esperança
Lembrei-me de ti
Usei o teu perfume

Eras tu
Guardado em mim

Eras maré cheia dos meus ideais
A paz e a bonança de temporais
Catedral da minha fantasia

Perguntei ao vento em que redes te prendeu
Eras terras, cinza, lava ardente, o fogo em mim
(Quero-te)

É que hoje o Tejo salpicou-me um desejo

Sinto uma força a crescer cá dentro de mim

Sim agora eu sei eu não parei aqui
Joguei e aqueci-me bem
E rolei no chão dados que eu lancei
Adeus amor,
Aposto que o sol nasce de manhã


Sim descobri que não era o caos nem o fim
Sim por ti chamei te vi chorei, perdi
Estava eu a pensar agora em ti
E tu aqui


Sempre que o amor me quiser
Sei que não vou dizer não
Resta-me ir para onde ele for
E esquecer-me de mim
E esquecer-me de mim

sobes por mim devagar, procuras o céu no meu corpo
num sorriso os teus olhos encontram nos meus
mais uma estrela que se acendeu
em ti deslizo mansamente

encontrei-te no mar, percorri-te de cor
nos teus braços de amor adormeci


juntei-me a ti, mergulhei no teu silêncio mágico
lentamente
escrevo o teu nome na areia
Vou continuar a procurar o meu mundo, o meu lugar
Vou continuar a procurar a quem eu me quero dar
Fica mais quente o verão
Quando te tenho ao meu lado

Sempre que o sol me chama
Adoro estar ao pé do mar

Dou-te um doce
Em troca de um beijo salgado

Passou aqui uma nuvem
Com o formato de um anjo
E cantou no meu alpendre
Aguaceiro de harpa e banjo
A seguir veio outra nuvem
Mais cinzenta e apressada
E deixou no meu alpendre
O cheiro da terra molhada
Depois vieram mais duas
Como flocos de algodão
Derramaram sobre as ruas
O resto de uma canção
Aguaceiro, aguaceiro
Trazes chuva de manhã
Nesse ritmo certo e brando
Podes cair todo o dia
Se parares de vez em quando
Depois veio a clave de sol
E pôs fim ao aguaceiro
Levantou-se o girassol
Sorrindo para o limoeiro
Depois foram pra nordeste
Cantar noutra freguesia
E tudo o que ficou foi este
Bocado de melodia
Cantou chuva já sol posto
Nas varas da minha umbrela
Veio salpicar meu rosto
E eu até cantei com ela
Aguaceiro, aguaceiro
Trazes chuva à meia-noite
Para cantar na vidraça
Podes cantar toda a noite
Que eu até te acho graça
Vim solteiro e vou solteiro
Vou livre de coração
Se alguém me quiser prender
Lá não vou dizer que não

Adeus que me vou embora
Adeus que me embora vou
Tu estás dentro da minha teia
De onde não podes fugir
Olha bem p'ra mim
Não podes fugir
Não vais conseguir
Não vais resistir


Tenho maneira de te convencer
Tenho modo e jeito para te prender