Trago nos dedos O meu destino De um mundo por tocar
A dor que trago no peito Já não é dor, já sou eu Sou eu o sonho imprefeito Por trazer dentro do peito Um amor que é só meu.
E a voz correu, que o rio sou eu E o que eu quiser, e ao que me der " Que a vida só se dá p'ra quem se deu "
derradeiro leito
Quis soltar o grito que me queima Um lamento que em mim teima Em não ficar calado.
Quando o tempo te dá tempo para amar.
Há um motivo qualquer P'ar eu me erguer deste nada
Sacode o medo Que trazes preso à alma E atrasa o teu andar Tens onde ir que esse teu canto Ainda tem tanto para dar.
Procuro por Ti Trago este vazio E o desejo de dar cor à minha vida Quero pintar Esta história que estou a criar Quero ser mais Minha grandeza afirmar Ser poeta, ser cantor, ser o céu Onde mora tudo o que eu vou ser Se eu souber ser amor
Não sei se é uma bênção ou ironia
Com carinho, dá-me a mão Mostra que és parte de mim. Põe na voz o coração Só faz sentido assim.
Tu és fogo, tu és calma
Que é dia e o sol chama por mim.
Eu nasci nalgum lugar Donde se avista o mar
Como eu gostava de ser tristeza Como eu gostava de ser tristeza Atrás de ti a vida inteira
Perdões perdidos Num murmúrio desolado
e bendigo ter vivido para o dia de te ver
Sofri a dor mais louca por amar Alguém a quem meu peito tudo deu.
E cada copo é revolta E cada trago é um grito Súplica de alguém aflito
Que lenta esta manhã que hoje descubro Tão lenta que nem mesmo a vi chegar
O meu amor É tudo o que eu sempre quis Quando quis ser feliz E não fui. E agora sou Sem esperar ou querer
Quem sabe se um dia a sorte Não me dirá ao que vou.
não tenho como parar
Então amei sem medida
que não lamento o tanto que te dei por não saber que a vida me mentia.