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segunda-feira, 6 de maio de 2013




Penso em ti, meu amor, em qualquer lado.

Será que não tens olhos? Não tos vejo.
De longe em longe
agitas a cabeça, mas talvez seja engano.
Palavra, não te entendo.
Amigo, a que vieste?



E vêm novos nomes

Como te busco, então, se estás aqui







Palavras que não dizes, nem são tuas,
que morreram, que em ti já não existem
— que são minhas, só minhas


Mas eu voltei-lhe as costas
e fui-me embora.



Tive vergonha de lhe dizer:
— Sou eu, belo caminhante,
sou eu.



Perdi o caminho
e erro ao acaso.
Quero o que não tenho,
e tenho o que não quero.


Estremeci e disse-lhe:
— Como te atreves?
Mas ele não se envergonhou.
Irmão,
nada é eterno, nada sobrevive.
Recorda isto, e alegra-te.

És ao mesmo tempo o céu e o ninho.



E disse-me cheia de pena:
— Não está nessas coisas a minha alegria.




Não quero amor
que não saiba dominar-se
Não deseje eu ansiosamente
ser salvo,
mas ter esperança
para conquistar pacientemente
a minha liberdade.
Não procure eu amigos
no campo da batalha da vida,
mas ter forças dentro de mim.





Não queira eu
que se apaguem as minhas dores,
mas que saiba dominá-las
no meu coração.