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domingo, 12 de fevereiro de 2012

Aconteceu
Chama-lhe sorte ou azar
Eu não estava à tua espera
E tu voltaste a passar
Olhei para ti
O mundo inteiro parou
Nesse instante a minha vida
A minha vida mudou

Aconteceu
Eu não estava à tua espera
E tu não me procuravas
Nem sabias quem eu era
Nasci p'ra ser ignorante
Entre o céu da tua boca
E a luz do céu de Lisboa
E todo o ouro do mundo
Escolheria o que é teu
Não hesitava um segundo
Em cada noite morre o amor
Que a solidão faz-se maior
Mal amanhece e volta o medo que anoiteça
Como esta febre me destroí
Perdido amor quanto me doi
Desceste em mil cruel manto de tristeza
Ah como fugi do rumor
De passos que no corredor
Induzem na minha alma a dor da esperança vã

Não fui eu
Não fui eu
Não deixei a porta aberta






E há que ter alguns cuidados / Porque bússola não há
E baralham-se os sentidos / Se andamos ao Deus-dará


Não tenho nada com isso
Alguém que quebre este enguiço
Que eu não respondo por mim

E já estou, quase a trocar o mal pelo bem e o bem pelo mal
Se isto é fado, não é um fado normal




Nem sei se estou em Lisboa
Será que é Tóquio ou Berlim?
Tu não me olhes assim!
Queria poder dizer
O que essa voz me diz

Não há vocábulo maior
Nem força do universo
P'ra traduzir esse verso
Que confunde amor e dor
Na minha vida
Nada dá certo
Mais um amor
Que de findar me está tão perto
Pois sem uma simples queixa
Eu vou voltar aos teus braços
Para se cumprir nosso fado
Mas se em sorte me coubesse
O coração resgatar
Que em teus olhos se perdeu

Hoje tudo é triste em mim
Como se toda a tristeza
Emanasse o meu peito
Mas mais triste que as demoras
É saber que não vens mais
Guarda-me a vida na mão
Desculpa de não ser como tu queres
De ser o lado errado entre nós

Desculpa não ser mais p'ra te oferecer
No tudo que te dou e que é tão pouco

Desculpa a pequenez que me apequena
Aos teus olhos penetrantes

Desculpa por te olhar aquém do pranto
Que dos meus olhos corre ao estarmos sós
Creio que o amor que tem asas
de ouro.
Não te via há quase um mês
Chegaste e mais uma vez
Vinhas bem acompanhado;
Sentaste-te à minha mesa
Como quem tem a certeza
Que somos caso arrumado
Então está tudo dito meu amor
Aceita este pensar
Desperta tudo o que eu sou
Regresso ao teu amor
Depressa, a certeza chegou
Adoras
Amamos
Demoras
Enganos
E ainda vou ser feliz
Nos braços do meu amor
Assim amigo já vez que a poesia
não é só caligrafia, são coisas do sentimento!
Amor meu de quem sou eu agora
Passa um velho a pedir
Incapaz de sorrir pelos passeios
Um travesti que quer
Assumir-se mulher sem receios