domingo, 20 de junho de 2010
Partistes
Eras grande
Grande num país de pequenos
E eles não te perdoaram isso
Fostes a nossa maior glória, da nossa maior glória, que é a língua portuguesa
Foste Nobel
Foste incompreendido e mal-amado, ficastes triste e partiste, mas o teu coração ficou.
Eras Português e todos nós temos este fado da saudade da nossa terra
Eras irascível, como todos os génios que não têm paciência para coisas mesquinhas.
Mas serás sempre Saramago
José Saramago.
Este foi um comentário a uma anedota sobre ciganos que coloquei neste blogue :
"O exemplo mais escarrado de preconceito: todo cigano é ladrão desde que nasce! Cruel, senhor João Batista, e o senhor condena outros tipos de preconceito - com que moral?"
Diz o que fazes não o que dizes.
Quem não tem sentido de humor não é inteligente.
Existe limites ao humor, podemos fazer humor com algumas coisas e factos e com outros não!
Evitar fazer humor com estereótipos não será a melhor forma de os combater?
Não será censurar o humor com certas etnias ou situações uma forma de preconceito?
E depois que moral tem uma pessoa que faz uma critica sem dar a cara? Eu cá chamo de cobardia.
A liberdade é não ter medo, e eu não tenho medo de fazer humor com tudo, mesmo tudo.
Aceito a critica de humor de mau gosto, agora quem não se sente ofendido com humor sobre uns, e não aceita humor sobre outros, revela uma pequenez de inteligência que não é digna de gente inteligente, e que faz humor sobre ciganos, mas que vive diariamente num bairro onde eles habitam, e os trata com gente igual, e por isso faz humor sobre eles.
TENHO DITO!
sem nunca te ter achado
nem na polpa dos meus dedos
se ter formado o afago
sem termos sido a cidade
nem termos rasgado pedras
sem descobrirmos a cor
nem o interior da erva.
Como é possível perder-te
sem nunca te ter achado
minha raiva de ternura
meu ódio de conhecer-te
minha alegria profunda.
Subscrever:
Mensagens (Atom)