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sexta-feira, 9 de setembro de 2011

9/11 NÃO ESQUEÇEMOS (WE DON'T FORGET)

Eu fui assim chegando
Sem entender porquê
Já foram tantas vezes tantas
Assim como esta vez
Mas é mais fundo o teu olhar
Mais do que eu sei dizer
É um abrigo pra voltar
Ou um mar para me perder
Procura por mim

A distância é um fogo
Onde vou chegar
Num abraço fechado
Para te levar
Ouvia-lhe a boca negra dizer-me:
“não penses, assim não sofres”
Meu Deus, se nos velas
Diz-nos o que é que nos separa

Levo as mão vazias e a vontade


Tão bom pudesse o tempo parar
E voltar-se a preencher o vazio
É tão duro aprender que na vida
Nada se repete, nada se promete
E é tudo tão fugaz e tão breve

Traz-me de novo a memória de outros dias


Quisera roubar-te essas palavras e morrer
Trazer-te assim até ao fim do que eu puder
E começar um dia mais eternamente
Por te rever, só
Pudesse eu guardar-te nos sentidos e na voz
E descobrir o que será de nós
E demorar um dia mais eternamente
Por te rever, só
Quisera a ternura, calmaria azul do mar
O riso o amor o gosto a sal o sol do olhar
E um lugar pra me espraiar eternamente
Por te rever, só
Pudesse eu ser tempo a respirar no teu abraço
Adormecer e abandonar-me de cansaço
Quisera assim perder-me em mim eternamente
Por te rever, só



Ninguém disse que os dias eram nossos
Ninguém prometeu nada
Fui eu que julguei que podia arrancar sempre
mais uma madrugada

Ninguém disse que o riso nos pertence
Ninguém prometeu nada
Fui eu que julguei que podia arrancar sempre
mais uma gargalhada

E deixar-me devorar pelos sentidos

E rasgar-me do mais fundo que há em mim
Emaranhar-me no mundo
e morrer por ser preciso
Nunca por chegar ao fim

Ninguém disse que os dias eram nossos
Ninguém prometeu nada
Fui eu que julguei que sabia arrancar sempre
mais uma gargalhada

E deixar-me devorar pelos sentidos
E rasgar-me do mais fundo que há em mim
Emaranhar-me no mundo
e morrer por ser preciso
Nunca por chegar ao fim




Húmido canto da boca
Húmido olhar de soslaio
Nós somos o ser extravasado que o nosso sentir nos dá
Com toda a vontade que é possível ter



Nós somos a forma bonita, completa, de se viver

Nós somos a voz e a palavra que nunca vão acabar

Nós somos a forma bonita, completa
Puedo contarte mil histórias






O olhar triste e cansado procurando alguém



E a gente passa ao seu lado a olhá-lo com desdém


Sabes eu acho que todos fogem de ti prá não ver

se chover na madrugada em que eu procuro o meu caminho


será vaga a nostalgia que outro charco faz viver


a canção lânguida e lenta de quem vai devagarinho


em cada charco uma mágoa que não se pode esquecer






tenho ideias que não tenho, sentimentos que não sinto


sou imagem de outra imagem que se fez não sei de quê


procuro a minha rota, descobrindo que não minto


e o que minto atiro fora para nascer outra vez






não sou forte nem sou pedra nem sou muro levantado


nem sou obra que se erga pouco a pouco, tempo afora


antes sou como uma ideia que se despe do passado


uma planta enraizada na sina da sua hora






se chover na madrugada em que eu procuro o meu caminho


e eu cair em cada charco mas seguir por onde vou


deixarei de olhar no rio de todos mas tão baixinho


porque é mais profundo o charco onde o que beijo é o que sou



o sol demora no calor que faz dormir

To Raw Cowboy






Mas é preciso morrer e nascer de novo


O menino de sua mãe.