Eu sei um bom rapaz, - hoje uma ossada
Teus olhos dizem mais
Que muitas bibliotecas!
Contudo, um teu olhar
É muito mais fogoso
E eu hei de, então, soltar uma risada.
Eu desfaria o Sol como desfaço
As bolas de sabão das criancinhas.
Eu com um sopro enorme, um sopro imenso
Apagaria o lume das estrelas.
E de costas voltadas para ti
Os lacaios vão firmes na almofada
E possuis muito amor... muito amor-próprio.
Vivo louco de dor e de martírio.
E conta-se o que foi na loja dum barbeiro.
Não fosses suspeitar que te seguia.
As ilusões intelectuais são relativamente raras; as ilusões afectivas são quotidianas.
Da infância à morte, a ilusão envolve-nos.
Não há nada tão estúpido como a inteligência orgulhosa de si mesma.