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domingo, 23 de janeiro de 2011






Poeta  é certo  mas de cetineta
fulgurante de mais para alguns olhos
bom artesão na arte da proveta
narciso de lombardas e repolhos.

Cozido à portuguesa  mais as carnes
suculentas da auto-importância
com toicinho e talento  ambas partes
do meu caldo entornado na infância.

Nos olhos  uma folha de hortelã
que é verde  como a esperança que amanhã
amanheça de vez a desventura.

Poeta de combate  disparate
palavrão de machão no escaparate
porém  morrendo aos poucos de ternura.

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