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domingo, 23 de janeiro de 2011






Dos olhos corre a água do Mondego
os cabelos parecem os choupais
Inês! Inês! Rainha sem sossego
dum rei que por amor não pode mais.

Amor imenso que também é cego
amor que torna os homens imortais.
Inês! Inês! Distância a que não chego
morta tão cedo  por viver demais.

Os teus gestos são verdes  os teus braços
são gaivotas poisadas no regaço
dum mar azul turquesa  intemporal.

As andorinhas seguem os teus passos
e tu morrendo com os olhos baços
Inês! Inês! Inês de Portugal.

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